quinta-feira, dezembro 08, 2005

Discussão

Há algum tempo não acessava o teleduc, e agora que entro pra ver minha nota e confirmar a data do exame, me deparo com tamanha discussão em torno dos métodos de ensino do nosso professor, e outros assuntos correlatos.

Bem, já era hora de tomarmos uma providência. A todos, os meus sinceros parabéns.

Ao professor meus pêsames, porque, como se já não bastassem ignorar as críticas aos seus métodos de ensino e deficiência de conteúdo ministrado, que já se tornaram praxis, não teve a postura esperada de um Doutor em responder por seus atos, ou, que seja, se defender de tais acusações.

Tal ato de omissão, a mim me faz parecer que são justas as acusações, a mim, aluno que tão pouco conhece o professor, quanto mais suas aulas que deixei de assissitir desde a primeira vez que fiz BD1. Por não conseguir ficar acordado na aula durante mais de 15 minutos, optei por dormir na minha cama, que é um pouco mais macia do que as cadeiras da UFMS.

Professor, seja responsável, dê uma resposta aos seus alunos.

Amigos e colegas dos cursos de Análise de Sistemas e Ciência da Computação, vamos fazer cientes o chefe de departamento e coordenadores de curso. A discussão dentro do teleduc não vai ser vista por quem tem autoridade, ou pelo menos poder, para mudar as coisas.

Marco Antonio R Molento
Acadêmico de Análise de Sistemas
08/12/2005 15:15:40

Re: Re: PO de 30 nov...

>
> Em 05/12/2005 10:19:47, Gabriel Angeramis Vargas Goulart havia escrito:
>
>
> Na prática é isso mesmo. Trabalho na área de informática e nunca precisei saber como se controla concorrência entre transações num banco de dados.
>
> Até porque já existem N SGBS's e todos eles fazem este controle eficientemente. O ideal seria dar uma breve noção sobre coisas deste tipo, e não aprofundar tanto e cobrar da maneira como é cobrado em prova.
>
> Alunos de outras faculdades tem provas de marcar x e nem por isso sabem menos do que nós, tendo em vista que o que aprendemos nesta faculdade, pasme, (salvo exceções, que não é o caso de BD2) não serve pra NADA. Essa é a verdade.
>
> Aliás, falando de outras faculdades, nós estamos muito atrás, tendo em vista a qualidade dos laboratórios e o tempo de conclusão do curso. Alunos formados na Uniderp, por exemplo, em processamento de dados, podem não saber como se faz uma consulta OQL, mas tomam nossas vagas no mercado de trabalho, pois o que as empresas exigem sobre banco de dados não nos é ensinado.
>
> Reflita sobre isso professor Dr. José Craveiro Da Costa Neto, e chefes do DCT. O que vocês têm feito pelos alunos? Nem banheiro decente nós temos para usar, sequer UM bebedouro que funcione. Lembrem-se que vocês estão aqui é para ajudar e não para atrapalhar.
>
> O conteúdo das disciplinas é totalmente defasado, a quantidade de alunos reprovados é absurda. E vocês acham isso o máximo, como se isso fosse bonito. (na verdade, sinal de pura incompetência docente). Fica aí minha opinião sobre o nosso curso, pra quem sabe um 2006 melhor.
>
> Registrado.
>
> Gabriel Vargas
> Supervisor de Informática
> Justiça Federal de Primeira Instancia
>

Re: PO de 30 nov

> Em 02/12/2005 13:56:35, Marcelo Furtado Madruga havia escrito:
>
> Bem, eu acho que já foram expressadas as criticas quanto à qualidade das aulas. Eu concordo com todos em todos os pontos citados. Não foi apenas a matéria de Banco de Dados que foi comprometida pela falta de didática e estrutura, posso citar Redes e outras também.
>
> Eu já atuo no mercado como desenvolvedor para web e eu tinha esperança de poder abranger os meus conhecimentos em banco de dados neste ano, aprender novas técnicas e as aplicações delas (na prática) ao invés de calcular o custo de uma busca e construir árvores, não falo que isso não seja importante, mas que deveríamos ver onde e como é aplicado tudo aquilo que foi passado. Já fiz várias entrevistas de emprego e nunca me perguntaram como construir uma árvore canônica (bd2) ou se eu sabia detalhadamente todos os protocolos de rede.
>
> Agora, quem nunca viu um SGBD na vida vai sair do curso sem saber construir, na prática, um banco de dados. A mesma coisa eu digo de redes, quem nunca viu redes na vida, saiu do curso sem saber montar uma rede ponto a ponto. Mas, infelizmente, aprendemos um monte de” bla bla bla” teórico...
>
> Não é apenas culpa dos professores, mas sim também do departamento que não oferecer estrutura pras aulas práticas, e por último de nós acadêmicos que ficam quietos esperando uma solução cair do céu.
>
> A situação é a seguinte, os professores fingem que ensinam e nós acadêmicos fingimos que aprendemos.
>
> Marcelo Madruga

Re: PO de 30 nov

>
> Em 02/12/2005 02:49:01, Wagner Carstens Marques De Sousa havia escrito:
>
> Já que é pra falar, vamos falar....
>
> Não sou um acadêmico exemplar, meu histórico me condena, mas acredito que minha opinião é a de muitos aqui.
> O grande problema é que muitos professores não possuem didática(1) alguma. Conseguem tornar uma aula mais chata do
> que a matéria em si já é, causam o desinteresse do aluno e consequentemente a ausência as aulas, as notas baixas e as
> reprovações.
> O fato de uma pessoa saber muito determinado assunto, não significa que ela saiba passar seus conhecimentos aos alunos.
> Um título de mestre, doutor, PhD, pode valer muito em uma pesquisa, na hora de brigar por um financiamento para tocar um projeto (esses títulos dão mais credibilidade ao trabalho), mas não deveriam habilitar uma pessoa para dar aulas. Quem dá aulas é o professor. Isto deveria ser um título também! Título de professor! Significa que a pessoa que possui tal título sabe ensinar e se faz entender.
> Do jeito que a coisa está o aluno precisa ser cada vez mais autodidata então, por que não acabar de vez com as aulas?
> Os professores continuam utilizando o TelEduc. Através do ambiente passam a bibliografia que será usada, postam e
> corrigem listas de exercícios, marcam provas e os alunos estudam em casa. Aulas pra que?
> Não tenho dados oficiais mas creio que o curso de Ciência da Computação tenha um dos maiores índices de desistência da
> UFMS. Não está na hora de pensarmos nas causas dessas desistências?
> As aulas precisam ser modificadas, o curso precisa ser reestruturado e talvez até o departamento precise passar por uma reestruturação. Só assim, quem sabe, o curso fique mais agradável, com menos desistências e reprovações.
>
> (1) Segundo o dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx) didática é: a arte de ensinar e de fazer aprender; conjunto de preceitos que têm por fim tornar o ensino prático e eficiente; ciência auxiliar da pedagogia que promove os métodos mais adequados para a aprendizagem.
> (Alguns professores se esforçam mas não me lembro de ter visto, em todos esses anos neste curso, nenhum artista!)
>
> OBS.: Peço desculpas pelos erros de português, afinal de contas faço exatas...

Re: PO de 30 nov

> _________________________________________________________
>
> Em 01/12/2005 19:03:42, Renato Fischer Rafael havia escrito:
>
> Bom... não posso deixar de comentar...
>
> Craveiro, você solicitou que fosse estudada toda a matéria e o que foi cobrado, e como foi cobrado, na PO, não dá pra avaliar o quanto o aluno aprendeu de toda a matéria do semestre, e sim o quanto ele sabe de alguns tópicos específicos.
>
> Não é de hoje que sofremos com provas mal elaboradas. Provas bem elaboradas não tem a ver com nível de dificuldade, mas sim com a distribuição justa do conteúdo cobrado e concordância com o que foi ensinado em sala.
>
> Professores do DCT são muito bem cientificamente qualificados, mas poucos são qualificados para darem aula: falta didática, metodologia e, especialmente, ética.
>
> Ansiamos melhoras!!!
>
> Atenciosamente,
>
> Renato Fischer
>

PO de 30 nov... (BD2)

Pois é...

Mais uma vez a msg que querem nos passar é esta. Ontem, ao entregar minha prova, o prof me disse: "não deu, né, Mauricio".

Então, apesar das aulas page down de TODO O SEMESTRE, ele cumpriu aquilo que prometeu: ia "socar o quiabo".

O trágico, é que nós, contribuintes é que pagamos a farra.

Então, talvez valha uma citação para o professor meditar:

"Deus fez o homem correto, mas o homem inventa muitas complicações. (Ecl 7, 29)" - extraído de http://www.dct.ufms.br/~craveiro/html/pravar.htm.

Mauricio

Re: PO de BD2

Concordo.

E falar q é para estudar td a matéria é brincadeira, afinal é humanamente impossível estudar td.
Foi dito que cairiam os trabalhos também sendo que nem teve tempo pra apresentar os trabalhos direito, imagina estudar.

Quem sabe se fizessemos apenas BD2 e não tivessemos outra ocupação na vida.

Mas uma matéria q é da Análise de Sistemas, um curso noturno, onde a maioria o faz porque trabalha durante o dia, e mesmo o curso de Ciência da Computação que apesar de ser integral ainda há alunos que se dobram para poder trabalhar, pq precisam, como é o meu caso, fica difícil querer que o aluno estude tudo.
Aí acaba acontecendo como nessa prova onde o aluno pode se concentrado em uma matéria q pensava q pesaria mais na prova e equivoca-se.

etc. etc. etc.

O que os professores do DCT estão fazendo com seus alunos é humilhação, estão destruindo o psicologico dos academicos, estamos todos cansados e exaustos com tudo isso.
É de chorar, mas como chorar não adianta. A vontade que temos é de largar tudo e quem sabe ano que vem começar denovo, mas também sofremos pressões. Não me surpreenderia se algum aluno acabasse cometendo suicídio.

Felipe Vargas Rigo
3o ano CC
01/12/2005 12:58:11

PO de BD2

> _________________________________________________________
>
> Em 01/12/2005 11:52:38, Thyago Pedro Romeiro havia escrito:
>
> Bom dia professor,
>
> Gostaria de expor a minha opinião, que acho que também é a da maioria das pessoas que fizeram a prova, a respeito da prova optativa que o senhor aplicou neste dia 30/11. Essa prova estava extremamente difícil e até alunos que já passaram de BDII e queriam apenas melhorar suas notas, não conseguiram resolve-la. Se o nível do exame for igual ao da prova optativa, creio que muitos irão reprovar. A questão 4 valia 3,0 pontos e nenhuma das pessoas com quem conversei conseguiu resolve-la. Eu já nem sei mais o que estudar para o exame, já que o senhor informou vários temas que iriam cair na prova, mas a maioria das questões eram sobre transação. Peço encarecidamente que o senhor avalie o nível das questões para o exame, pois senão serei um dos alunos reprovados da sua disciplina.
>
> Atenciosamente,
>
> Thyago.
>
> _________________________________________________________
>

O DCT quer te pegar

O texto é longo, mas por favor leiam com atenção.

Será este que vou passar para os senhores assinarem, se concordarem
com o que está sendo exposto.

"As coisas não melhoram magicamente, pelo simples decurso do tempo".

Nós, acadêmicos do curso de Bacharelado em Análise de Sistemas do
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (CCET UFMS), considerando o seguinte:

• Que a Sociedade Brasileira de Computação SBC, na falta de órgão
regulador da profissão, tem sido adotada por esta universidade como
modelo para a construção dos currículos do nosso curso;
• Que a SBC, em seus documentos, por exemplo, o "Currículo de
Referência da SBC para Cursos de Graduação em Computação e Informática
– Proposta versão 1999" propõe que o curso possua uma integração com
pesquisa e extensão, uma integração escola-empresa, e atividades
práticas e laboratoriais;
• Que nosso curso, que possui a computação como atividade-meio, deve
possuir disciplinas de Contexto Social e Profissional, de acordo com o
mesmo documento, tais como administração, contabilidade e economia;
• Que o já referido documento da SBC recomenda que os professores do
curso sejam bacharéis da área de computação e ADMINISTRAÇÃO, e que
experiência profissional seria ALTAMENTE DESEJÁVEL;
• Que este documento, por fim, recomenda ao curso um BOM LABORATÓRIO
de informática, um laboratório (ainda que simplificado) de hardware,
que a biblioteca DEVE conter livros e revistas atualizadas;
• Que outro documento da SBC, o "Plano Pedagógico para cursos de
Bacharelado em Sistemas de Informação", de professores da PUCRS e da
UFSC dão o perfil do egresso do curso como capaz de assumir um papel
de "agente transformador do mercado, sendo capaz de provocar mudanças
através da incorporação de novas tecnologias na solução dos problemas
e propiciando novos tipos de atividades, agregando: a) domínio de
novas tecnologias da informação e gestão da área de sistemas de
informação, visando melhores condições de trabalho e de vida; b)
conhecimento e emprego de modelos associados ao uso das novas
tecnologias da informação e ferramentas que representem o estado da
arte na área; c) conhecimento e emprego de modelos associados ao
diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de projetos de
sistemas de informação aplicados nas organizações; d) uma visão
humanística consistente e crítica do impacto de sua atuação
profissional na sociedade e nas organizações".
• Que o Ministério da Educação (MEC), estabelece como "Princípios
Gerais" para as diretrizes curriculares dos cursos de graduação, em
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=430&Itemid=420,
"Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro
graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de
exercício profissional e de produção do conhecimento, permitindo
variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um mesmo
programa; Estimular práticas de estudo independente, visando a uma
progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno; Encorajar o
aproveitamento do conhecimento, habilidades e competências adquiridas
fora do ambiente escolar, inclusive as que se referiram à experiência
profissional julgada relevante para a área de formação considerada;
Fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando a
pesquisa individual e coletiva, assim como os estágios e a
participação em atividades de extensão, as quais poderão ser incluídas
como parte da carga horária; Incluir orientações para a condução de
avaliações periódicas que utilizem instrumentos variados e sirvam para
informar a docentes e a discentes acerca do desenvolvimento das
atividades didáticas".
• Que recentemente o Ministério Público do Mato Grosso do Sul
recomendou à UFMS a abertura de mais cursos noturnos, para atendimento
à população carente;
• Que a UFMS, em seu estatuto, no Artigo 4º, Incisos I a VII, escreve
sobre suas próprias finalidades e objetivos gerais coisas tais como
"contribuir para a melhoria do homem do MS; aproveitamento das
potencialidades da região; formar e qualificar profissionais que
contribuam com a sociedade sul-mato-grossense e brasileira; realizar
atividades que priorizem os problemas regionais e nacionais;
fortalecer permanente e continuamente a qualidade do ensino;
participar da formulação de políticas nacionais de educação, ciência,
tecnologia e cultura".
• Que o Movimento Estudantil é legítimo representante dos estudantes,
desde que em obediência aos seus próprios estatutos e regulamentos, de
acordo com a Lei Federal 7395, de 31/10/1985: "Art. 3º - Os Diretórios
Centrais dos Estudantes - DCEs são entidades representativas do
conjunto dos estudantes de cada instituição de ensino superior. Art.
4º - Fica assegurado aos Estudantes de cada curso de nível superior o
direito à organização de Centros Acadêmicos - CAs ou Diretórios
Acadêmicos - DAs como suas entidades representativas. Art. 5º - A
organização, o funcionamento e as atividades das entidades a que se
refere esta Lei serão estabelecidos nos seus estatutos, aprovados em
assembléia-geral no caso de CAs ou DAs e através de congressos nas
demais entidades."

Resolvemos escrever este documento, alertando para fatos que estão em
TOTAL DESACORDO com estas considerações, e que, portanto, têm sido
extremamente prejudiciais à nossa formação. São eles:

• Laboratórios com muitas máquinas "fora de combate". Não é de hoje
que o curso enfrenta problemas com o laboratório. Não bastasse o fato
de dividi-los com outros cursos, por exemplo, o de Ciência da
Computação e o de Administração, a UFMS possui apenas um técnico para
realizar a manutenção. O resultado é visível e claramente contrastante
com as recomendações da SBC (isto sem contar que NÃO EXISTE
LABORATÓRIO DE HARDWARE).
• A biblioteca central da UFMS há muito é motivo de piada entre os
vários cursos de graduação do câmpus, mas para nosso curso, ela é
motivo de tragédia. Onde estão os livros e as revistas da nossa área?
Entre os vários problemas gerados, está a impressão exagerada de
material divulgado pelos próprios professores – por exemplo, a quantia
de slides da disciplina "Engenharia de Software" neste 2º semestre de
2005 é absurda – e nem todo acadêmico possui dinheiro para imprimir
este material, embora ele seja freqüentemente utilizado como fonte de
consulta para as avaliações.
• O excesso de professores substitutos, convidados e/ou contratados é
causa de problemas dos mais diversos; falta de qualidade no ensino,
avaliações completamente separadas das aulas ministradas, falta de
comunicação entre os próprios professores e poucos horários
disponíveis aos alunos para tiragem de dúvidas (principalmente no
período noturno) são alguns deles. Que fique bem claro que não se
trata de preconceito, mas que também fique bem claro que não é a
SITUAÇÃO IDEAL. Por exemplo, o professor substituto não pode
participar (nem com voz nem com voto) dos colegiados da UFMS, que, ao
fim das contas, são os responsáveis pela elaboração do calendário e
das ementas dos cursos.
• Se os cursos noturnos são, de acordo com orientações do MEC e do
Ministério Público do Mato Grosso do Sul, para atendimento prioritário
aos jovens que trabalham durante o dia (e que, portanto não podem
estudar neste período) como se explica a carga de trabalho que tem
sido imposta ao curso de Análise de Sistemas? Na 3ª série, NESTE
SEMESTRE, os estudantes tinham 8 provas a realizar (2 de BD2, 2 de
EngSoft, 2 de ProjImpl, 2 de Redes), uma série de atividades em sala
(pelo menos três em Redes, e um número indeterminado em OSM), 11
trabalhos a entregar (3 de BD2, 3 de EngSoft, 2 de ProjiImpl, 2 de
Redes, 1 de OSM) e ainda conteúdos gigantescos (o livro de Redes
adotado possui 945 páginas, o de EngSoft 843 páginas – isto sem contar
os conjuntos de slides, onde por exemplo, o conjunto que foi usado no
trabalho 3 de EngSoft possui NOVENTA SLIDES).
• É notório o total desprezo do curso pelas atividades realizadas fora
de sala de aula. Isto é particularmente verdade se tais atividades não
tiverem a tutela de um professor, embora em total desacordo com os
princípios gerais do MEC e com o próprio estatuto da UFMS. Mas é ainda
mais verdade quando se trata da representação estudantil – os
estudantes são tolhidos, na prática, de exercerem seus direitos, pois
tais atividades são consideradas e tratadas pela UFMS como
"irrelevantes", e através da construção de uma carga horário de
trabalho em sala e à ela relacionada que impede qualquer outra
atividade dentro da UFMS.
• As avaliações do curso por si só, mereceriam um estudo à parte, que
aliás, não entendemos porque a Coordenação não faz. Seguem alguns
números interessantes:
o Na 1ª série, 93% das notas da P1 de Algodad I e 100% das notas da P1
de Administração NÃO ALCANÇARAM A MÉDIA;
o Na 2ª série, 85% das notas da P1 de OrgArq e 84% das notas da P1 de
Algodad II NÃO ALCANÇARAM A MÉDIA;
o Na 3ª série, 88% das notas da P1 de BD II, 83% das notas da P1 de
ProjImpl, 92% das notas da P1 de Redes e 55% das notas da P1 de
EngSoft NÃO ALCANÇARAM A MÉDIA.
• Estes números permitem uma única conclusão – se o curso de Análise
de Sistemas entende que a esmagadora maioria de seus alunos não é
capaz de obter nota 7,0 com apenas VINTE POR CENTO da matéria dada,
SÃO COMPLETAMENTE IDIOTAS. Esta, porém, não é a única explicação
possível – nós estudantes entendemos que as dificuldades que estão
sendo tratadas neste documento é que são AS GRANDES RESPONSÁVEIS por
estes índices. À parte o impacto na vida acadêmica, o devastador
impacto psicológico que esta mensagem que o curso berra aos quatro
cantos não tem sido de maneira nenhuma considerada pelos professores.
O que apenas demonstra o quanto o curso está longe de oferecer
"qualificação profissional e humanística".
• Também é muito estranho o curso "ser DE MERCADO, ser transformador
na sociedade local", e ao mesmo tempo tratar tão mal o profissional
que recebe. O aluno que trabalha vem sendo sistematicamente
prejudicado, pois não consegue atender à carga que lhe é imposta e vê
seu conhecimento, aquele mesmo que garante seu emprego, ser desprezado
e ignorado. Raríssimas vezes o curso se dispõe a estender a rotina das
matérias aos casos da vida real, embora possua estes alunos que
poderiam contribuir, ou mesmo o Núcleo de Informática (NIN) que
desenvolve sistemas há pelo menos 15 anos para toda a UFMS.
Disciplinas que poderiam tornar-se ricas e motivadoras, tais como
Banco de Dados, Administração e Engenharia de Software hoje são
"karma" a ser expurgado. Aulas maçantes e COMPLETAMENTE DESLIGADAS da
vida real marcam estas disciplinas. Por exemplo, em BD II, não tivemos
NENHUMA AULA PRÁTICA em TODO UM SEMESTRE. Isto, é claro, sem contar o
sofrimento que é para o aluno que precisa de abono de faltas devido ao
seu trabalho, como aconteceu recentemente na matéria de OSM.
• Embora sejam cursos muito diferentes, tanto nos objetivos a que se
propõem quanto nas grades curriculares, a cada ano as turmas de
Análise de Sistemas e de Ciência da Computação assistem mais aulas
juntas. Não existe motivo para isto a não ser a crônica falta de
professores que a UFMS enfrenta. Perdem os dois cursos: nem a
disciplina é vista com a profundidade que o curso de CC deveria, nem a
disciplina tem o aspecto de mercado que o curso de AS merece. Este
problema acaba gerando distorções tais como o aluno de AS sendo
incentivado a fazer o Mestrado em Computação, e o aluno de CC indo
para o mercado "matar passarinho com bala de canhão".
•
• Criação de faculdades.
• Retirada do direito de coordenar projetos de extensão.
• Seriado de mentirinha.


--
Mauricio E Gleizer
3º ano AS UFMS
ENEC/MS
.
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